Quando se assiste a uma gravação feita por uma câmera de segurança, é quase instintivo: as pessoas já se preparam, esperando por algum tipo de desgraça ou evento incomum.
Essa é basicamente a nossa única relação com as imagens indiferentes das câmeras de segurança.
Algo tem que acontecer, caso contrário não valem a atenção do olhar.
Duchamp: Escolho objetos indiferentes para fazer meus readymades, objetos industriais cuja o estilo, o design é da conta do indiferente para todo mundo. Não é feio nem bonito, apenas está lá para as pessoas usarem.
Warhol. Tornar aquilo que é desinteressante o centro do foco, da atenção – por muito tempo. Testa (?) o limite da atenção do olhar.
"Der Riese", Michael Klier: Imagens quase "desinteressantes", onde nada ou pouco acontece; ou onde apenas o esperado acontece. Seu acréscimo "cinematográfico" de música, insinua sobre um evento banal ares de espetáculo; onde algo incomum parece estar sempre prestes a acontecer.
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